Slash lançou recentemente seu disco solo. A versão inglesa incluiu uma luxuosa edição comemorativa da revista Classic Rock com muitas matérias sobre o guitarra. Entre elas Duff Mckagan escreveu uma inspirada matéria onde relata desde os primórdios do GUNS N´ROSES até sua incrivel amizade com Slash.
Quando eu me mudei para Hollywood vindo de Seattle pela primeira vez, eu me considerava um veterano maduro quanto a estar em bandas e excursionar. No auge dos vinte anos, eu tinha passado por duas dúzias de bandas e tocado com inúmeros músicos.
Como resultado, me encontrava em uma situação onde eu não estava indo tocar com um par de sub-musicos e certamente não mudei a trajetória indo para Los Angeles para fazer 'Jam' ou zoar por ai. Quando eu respondi um anúncio de "procura-se músico" de um cara chamado Slash em um pequeno jornal local de Hollywood, eu estava duvidoso.
Estabelecemos hora e local para nos encontrarmos e conversarmos. Acho que ambos estávamos um pouco surpresos e curiosos quando nos encontramos cara a cara pela primeira vez. Ele tihna longos cabelos que escondiam um tímido introvertido. Eu usava cabelo curto azul que me anunciou quase antes de ter entrado na sala. Mas o que tínhamos em comum era uma seriedade total quando se tratava de um sentido de convicção e ética de trabalho. Quando acabamos de tocar violão mais tarde naquela noite, eu estava absolutamente atordoado pela força bruta e emocional que ele facilmente extraia. No auge dos 19 anos eu podia ver que Slash estava em uma categoria à parte.
Durante aquelas poucas semanas em Hollywood, eu viria a encontrar Izzy Stradlin e Axl Rose também; a amizade dele [Slash] e a musicalidade eram as coisas que os diferenciavam. Izzy era um compositor de primeira e tinha uma visão concisa. Axl estava longe e acima de qualquer cantor que eu tinha visto ao vivo ou conhecido por anos. Sua intensidade era temperada por uma inteligência afiada e uma intensidade profunda. Seu senso de melodia e pegada lírica era a mistura perfeita do punk rock e dos clássicos Queen e Motörhead. Com Steven Adler vindo como baterista, nós formaríamos uma banda nervosa como eu nunca vi.
Quando começamos a escrever as canções que se tornariam o "Appetite For Destrution", ficou claro que Slash viu isso como uma oportunidade para finalmente formar e aperfeiçoar o seu senso de melodia.
Alguém me perguntou recentemente se é verdade que Slash gravou todos os seus solos no "Appetite..." na primeira sessão de gravação. Realmente não importa. Ele era mais do que capaz de fazer isso, mas o mais importante é o pérfido nesta questão. A coisa mais importante era que ele tinha escrito e aperfeiçoado aquelas partes clássicas de algum lugar escuro e bonito dentro de si mesmo. Aquele tímido introvertido foi finalmente exposto e Slash tinha finalmente encontrado o verdadeiro meio de se expressar.
Neste meio tempo, Slash e eu nos tornamos amigos muito próximos e esta parte da história nunca será mudada. Ele me mostrou em muitas outras formas além de sua guitarra que ele era um cara que eu poderia contar quando a vida se torna difícil. Esta é uma grande parte do necessário para o sucesso quando você quer que sua banda seja como a nossa foi.
Ao longo dos anos, eu tenho testemunhado Slash se tornar um chefão. A piada interna é que sua cartola é quase tão famosa quanto ele. Mas não deixe que a fachada da popularidade da cultura pop esconda o fato de que Slash tem mantido uma inovadora e poderosa marca d'agua na guitarra do rock n´roll moderno. Eu tenho visto como ele trabalha duro em sua profissão e ele não é bom por acaso. O cara apenas trabalha duro a todo gás.
Eu tenho vivido muitos altos e baixos com Slash. Nós compartilhamos a mesma cela acolchoada em que esta vida, por vezes, nos colocou. Eu tenho estado também ao lado dele durante muitos de nossos triunfos, profissionais e pessoais. Onde quer que a vida me leve daqui em diante, eu tenho certeza de uma coisa; Slash merece tudo que tem vindo e que virá em seu caminho.
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